por Dra. Giovanna Guarinello | 15/04/2022 em Circulação

Causas e sintomas do Linfedema.

Nesse mês vou completar a sequência de posts feitos com base na Cartilha de Orientação sobre as Doenças da Circulação, projeto orientado por mim e diversos colegas, produzido por alunos e colaboradores para o Laboratório Angiolab. O tema de hoje é o Linfedema, doença também conhecida como Elefantíase.

Considerada um tabu no passado, hoje sabemos mais sobre essa patologia permanente que pode piorar ao longo do tempo, devido à dificuldade na drenagem linfática.

Vem comigo entender as causas, sintomas, diagnóstico e tratamentos do Linfedema.

Linfedema

Causas e sintomas do Linfedema.

O linfedema é o acúmulo de linfa nos tecidos que resulta em um inchaço. A linfa é um líquido claro que é constituído por água, glóbulos brancos do sangue, proteínas e gorduras que foram filtrados dos vasos sanguíneos para os espaços entre as células.

São fatores que podem causar a doença:

  • Infecção pela picada do mosquito Culex, chamada de filariose;
  • Casos na família (genética);
  • Pós-cirurgias ou radioterapia;
  • Câncer;
  • Obesidade;
  • Erisipelas de repetição.

São sintomas do Linfedema:

  • Inchaço progressivo nos braços ou pernas (pode ser somente um lado ou os dois), que inicialmente melhora com o repouso, porém, na evolução não desaparece mais;
  • Alteração da pele (aspecto de casca de laranja);
  • Cansaço ou desconforto nas extremidades.

Conheça os dois tipos de Linfedema.

  • Linfedema Primário: causado por alterações genéticas que afetam o desenvolvimento do sistema linfático; geralmente começa durante a infância, adolescência ou início da idade adulta, na maioria dos casos até os 35 anos.
  • Linfedema Secundário: causado por danos ao sistema linfático ou problemas com o movimento e drenagem de fluido no sistema linfático; pode ser o resultado de um tratamento de câncer (após retirada de linfonodos) ou por infecções de repetição.
Linfedema Secundário

Diversas complicações podem decorrer da doença, como por exemplo:

  • Aumento do volume das extremidades;
  • Infecções ou ulcerações na pele;
  • Deformidades tipo elefantíase;
  • Sensação de dor e perna pesada;
  • Dificuldade de movimento do membro;
  • Infecções de pele;
  • Sensação de aperto na pele;
  • Dobras na pele;
  • Crescimento de verrugas;
  • Vazamento de fluidos através da pele.
Arte e ilustração: Icaro Oliveira e Escola Laqua Parla.

Diagnóstico e tratamento do Linfedema.

O diagnóstico é efetuado através dos sintomas, como o inchaço de braços e pernas associado a uma avaliação clínica detalhada. Para alguns casos podemos detectar e confirmar a doença através de um exame chamado linfocintilografia que avalia os canais linfáticos.

O linfedema não tem cura. O tratamento depende da gravidade da doença. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado.

O Linfedema pode ser tratado com o que chamamos de TFC (terapia física complexa), que consiste em sessões de fisioterapia (drenagem linfática) seguida de compressão do membro, realização de exercícios específicos para estimular os canais linfáticos e cuidados com a pele. Importante ressaltar que esse tratamento precisa ser realizado por profissional de fisioterapia capacitado para tal tipo de tratamento.

Sobrou alguma dúvida? Deixe sua pergunta nos comentários!

Não deixe de conferir também os outros conteúdos do blog e todos os temas anteriores da cartilha:

Fontes: Manual MSD, Cartilha Angiolab, National Health System UK

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